Adolescentes impulsivos: por que agem assim e como ajudar com estratégias eficazes
- Paloma Garcia
- 21 de fev. de 2024
- 11 min de leitura
Atualizado: há 1 dia
Você pede algo com calma. Ele responde com gritos.
Toma decisões precipitadas, se arrepende depois.
Promete estudar — e cinco minutos depois está no celular.
Soa familiar?
Se você convive com um adolescente, provavelmente já se viu confuso, frustrado ou até preocupado com atitudes impulsivas, explosões emocionais e mudanças de humor aparentemente sem sentido. Mas a ciência tem uma explicação — e ela não envolve rebeldia ou má vontade.
A adolescência é uma fase de profundas transformações neurológicas. O cérebro está em construção — e isso inclui justamente as áreas responsáveis pelo autocontrole, planejamento, regulação emocional e avaliação de riscos. Ou seja: o comportamento impulsivo não é apenas um traço da idade, mas uma etapa do desenvolvimento cerebral.
🔍 Pesquisas em neurociência do desenvolvimento, como as de Laurence Steinberg (2008, 2014) e Frances E. Jensen (2015), mostram que o córtex pré-frontal — região que funciona como o “freio” do cérebro — só atinge maturidade por volta dos 25 anos. Enquanto isso, os adolescentes operam com um sistema emocional altamente sensível e reativo, especialmente em contextos de estresse, redes sociais ou influência dos pares.
A boa notícia?
Existem formas reais e eficazes de ajudar os adolescentes a desenvolverem autocontrole, consciência emocional e habilidades de tomada de decisão — e o papel da família é essencial nesse processo.
O cérebro adolescente e a impulsividade: entre freios e aceleradores
Entender o comportamento impulsivo na adolescência começa por onde tudo acontece: o cérebro. Durante essa fase da vida, o cérebro humano está em uma espécie de "reforma estrutural", passando por uma reorganização intensa de conexões neurais — especialmente nas regiões responsáveis pela regulação emocional, tomada de decisão e comportamento social.
🔬 O que dizem as pesquisas: Segundo a neurocientista Frances E. Jensen (2015), autora do livro O Cérebro Adolescente, o desenvolvimento cerebral não ocorre de maneira uniforme. As áreas responsáveis pela emoção — como o sistema límbico — amadurecem mais cedo. Já o córtex pré-frontal, responsável por frear impulsos, avaliar consequências e tomar decisões racionais, só termina sua maturação entre os 22 e 25 anos.
Isso significa que, na prática, o adolescente tem um "acelerador" cerebral mais sensível (emoção) e um "freio" ainda em desenvolvimento (razão).
📌 Estudos do psicólogo Laurence Steinberg (2014), referência em neurodesenvolvimento, mostram que essa assimetria entre emoção e controle é a base da impulsividade típica da adolescência — especialmente em situações que envolvem:
Presença de amigos (efeito da pressão dos pares)
Emoções intensas (raiva, euforia, vergonha)
Recompensas imediatas (redes sociais, jogos, prazeres rápidos)
🧩 Como isso se manifesta no comportamento?
Adolescentes podem:
Interromper os outros em conversas;
Tomar decisões precipitadas sem considerar riscos;
Ficar irritados com facilidade e reagir de forma exagerada;
Ter dificuldade em adiar gratificações (como estudar antes de jogar);
Agir de forma contraditória: maduros num momento, infantis no outro.
Esses comportamentos não significam falta de caráter ou educação — mas sim um cérebro ainda em fase de treinamento para o autocontrole.
“A impulsividade adolescente não é defeito — é desenvolvimento.” — Daniel J. Siegel
💡 Por que isso importa para pais e educadores?
Quando compreendemos que a impulsividade é parte de um processo biológico — e não apenas “birra” ou “rebeldia” — mudamos a forma de agir. Em vez de reagir com broncas automáticas ou punições severas, podemos construir estratégias de educação emocional e autorregulação que respeitam o estágio de desenvolvimento do jovem.
Como a impulsividade impacta a vida do adolescente: autoestima, relações e aprendizado
A impulsividade na adolescência não é apenas um traço de comportamento momentâneo — ela pode influenciar profundamente o modo como o jovem se percebe, se relaciona e aprende.
🌱 Autoestima e identidade
Adolescentes impulsivos frequentemente vivenciam situações que geram vergonha, arrependimento ou culpa — como dizer algo sem pensar, reagir com agressividade ou desistir de tarefas importantes no meio do caminho. Essas experiências repetidas, especialmente quando acompanhadas de críticas severas, podem impactar a formação da autoestima.

“Por que eu sou assim?”
“Nunca consigo controlar minha boca.”
“Ninguém gosta de mim porque sou explosivo.”
A psicóloga Carol Dweck (2006), criadora do conceito de mentalidade de crescimento, alerta que adolescentes precisam entender que autocontrole é uma habilidade que se aprende — e não uma característica fixa da personalidade. Caso contrário, começam a se definir pela impulsividade, o que pode gerar um ciclo de desmotivação.
🤝 Relações familiares e sociais
A impulsividade pode prejudicar vínculos importantes:
Pais e filhos: conflitos constantes, dificuldade de diálogo, punições frequentes.
Amizades: brigas por reações desproporcionais, interrupções ou postagens impulsivas.
Relações amorosas: ciúme, ciúme, ciúme… impulsivo, é claro.
Quando um adolescente sente que está “sempre arrumando confusão”, pode se retrair socialmente ou, ao contrário, tornar-se desafiador como forma de defesa.
A psicóloga Brené Brown (2010) destaca que adolescentes com habilidades de regulação emocional desenvolvidas são mais propensos a criar relações baseadas em confiança e empatia — competências fundamentais para a vida adulta.
📚 Desempenho escolar e aprendizagem
O autocontrole é um dos principais preditores de sucesso acadêmico. Segundo estudo do Yale Center for Emotional Intelligence (2016), estudantes com maior autorregulação emocional têm:
Maior capacidade de atenção;
Melhor gestão do tempo;
Menor índice de procrastinação;
Maior persistência diante de dificuldades.
Adolescentes impulsivos, por outro lado, tendem a:
Desistir rapidamente de tarefas difíceis;
Ficar entediados com facilidade;
Trocar estudo por estímulos imediatos (celular, vídeos, jogos);
Esquecer prazos ou compromissos.
Isso não significa falta de inteligência, mas sim dificuldade de acesso às funções executivas do cérebro — como foco, planejamento e memória operacional.
Em resumo: a impulsividade pode comprometer o desenvolvimento integral do adolescente, mas também é uma janela de oportunidade. Se acolhida com compreensão e trabalhada com estratégias adequadas, pode se transformar em um caminho de crescimento, amadurecimento e fortalecimento de habilidades socioemocionais.
Estratégias práticas para ajudar adolescentes impulsivos a desenvolver autocontrole
A impulsividade na adolescência não é apenas uma questão de escolha ou de “falta de educação”. Trata-se de um descompasso natural entre o amadurecimento do sistema límbico (ligado às emoções e recompensas) e o desenvolvimento do córtex pré-frontal (responsável pelo controle inibitório, julgamento e planejamento). Isso significa que os adolescentes sentem primeiro e pensam depois — literalmente.
A boa notícia? O cérebro adolescente é extremamente plástico. Ou seja, pode ser moldado por meio de experiências consistentes. Com as estratégias certas, os adultos podem ajudar os adolescentes a desenvolver habilidades emocionais duradouras.

🗣️Fortaleça o diálogo com escuta ativa
Um dos maiores gatilhos da impulsividade é o sentimento de não ser ouvido ou compreendido. Criar espaços de escuta segura fortalece o vínculo e reduz o comportamento reativo.
Como aplicar:
Troque interrogatórios por curiosidade genuína:
“Como você se sentiu naquela hora?”“O que você acha que te levou a agir assim?”
Use a técnica da escuta refletida (da comunicação não violenta):
“Então você se sentiu pressionado e reagiu no impulso. É isso?”
Valide a emoção, mesmo que não aprove a ação:
“Entendo que você ficou com muita raiva. Vamos pensar em outras formas de lidar com isso?”
🧭Estabeleça limites claros e consistentes — com flexibilidade
Adolescentes precisam de limites previsíveis, mas também de oportunidades para negociar e participar das decisões. Isso ativa áreas do cérebro ligadas à autonomia e responsabilidade.
Dicas práticas:
Crie um “acordo familiar” com horários, combinados e consequências previamente definidas.
Reforce a lógica dos limites:
“O tempo de tela existe porque seu cérebro precisa de descanso para funcionar bem.”
Use frases com foco positivo:
“Você pode jogar por 1h depois de terminar os estudos.”
Em vez de: “Se não estudar, não joga.”
💬Use perguntas para estimular reflexão e autorregulação
Ensinar adolescentes a nomear o que sentem, pensar antes de agir e avaliar consequências é uma das práticas mais eficazes para desenvolver autocontrole.
Exemplos de perguntas reflexivas:
“O que seu corpo sente quando você está prestes a explodir?”
“Qual foi a parte difícil daquela situação?”
“Se isso acontecesse de novo, o que você faria diferente?”
“Quais foram as consequências da sua escolha?”
Essas perguntas estimulam o córtex pré-frontal dorsolateral, responsável pelo raciocínio, planejamento e tomada de decisão.
🧠Ensine estratégias de regulação emocional
A impulsividade está diretamente ligada à dificuldade de lidar com emoções intensas. Ensinar formas de se acalmar reduz a reatividade.
Ferramentas que funcionam:
Técnicas de respiração (ex: respiração 4–7–8);
Técnica do “seu botão de pausa” — peça para que ele pense em apertar um botão imaginário antes de agir;
Práticas de mindfulness;
Uso de frases-âncora:
“Posso escolher como reagir.”
“Não preciso responder agora.”
📌Ofereça escolhas dentro de limites
Dar opções (limitadas) é uma forma poderosa de ensinar autonomia com segurança.
Aplicação:
“Você prefere fazer o dever agora ou depois do lanche?”
“Podemos resolver isso com uma conversa ou por escrito. O que funciona melhor pra você?”
A escolha devolve a sensação de controle, reduz o comportamento desafiador e estimula o processamento racional das decisões.
👀Seja um exemplo vivo de autorregulação
Os adolescentes aprendem muito mais vendo como você reage do que ouvindo o que você diz. Demonstrar como você lida com frustração, cansaço, raiva e ansiedade é essencial.
Como aplicar:
Nomeie suas emoções:
“Estou frustrado, então vou dar um tempo antes de conversar.”
Compartilhe seus próprios erros e aprendizados:
“Respondi no impulso outro dia no trabalho. Depois percebi que poderia ter esperado.”
🔁Trabalhe com consequências naturais (e não punitivas)
A consequência educativa é aquela que faz sentido para a situação vivida, e permite ao adolescente refletir e crescer.
Exemplos:
Esqueceu de levar o material? Ajude-o a organizar uma lista de verificação para o dia seguinte.
Atrasou na volta da casa de um amigo? Combine que na próxima saída o tempo será mais curto.
Perdeu o controle com o irmão? Proponha que ele escreva uma carta ou mensagem para reparar a relação.
📅Crie rotinas que favorecem o autocontrole
A previsibilidade reduz o estresse e aumenta a sensação de segurança — elementos essenciais para o bom funcionamento da autorregulação.
Componentes importantes:
Horários fixos para sono, estudo e alimentação;
Pausas programadas entre atividades cognitivamente exigentes;
Organização visual do dia (agenda, planner ou quadro branco).
🌱Transforme erros em oportunidades de desenvolvimento
Evite castigos reativos. Em vez disso, conduza o adolescente a revisitar o comportamento e planejar estratégias futuras.
Exemplo de abordagem restaurativa:
“Você agiu por impulso. O que pode fazer agora para reparar? O que faria diferente da próxima vez?”
Isso fortalece a consciência moral, empatia e planejamento, além de preservar o vínculo.
🛠️Use ferramentas visuais e digitais de apoio
Aplicativos e materiais visuais ajudam adolescentes a internalizar estratégias de regulação.
Sugestões práticas:
Quadro de regulação emocional (emojis, semáforo de emoções);
Apps de meditação guiada;
Calendários de “hábitos positivos” (marca um ponto a cada vez que usa uma estratégia sem impulsividade);
Lista de “o que posso fazer quando me sinto agitado” colada no quarto.
📱 Aplicativos que ajudam adolescentes a desenvolver autorregulação e foco
Nome do App | Função Principal |
Smiling Mind | Meditações guiadas para crianças e adolescentes |
Headspace | Meditação, foco, respiração e sono (com modo jovem) |
Breathe, Think, Do | Ferramenta da Sesame Street para autorregulação emocional |
MindShift CBT | Apoio para ansiedade e impulsividade (base TCC) |
Habitica | Gerenciador de hábitos com formato de jogo RPG |
Calm Harm | Estratégias para controle de impulsos e crises emocionais |
Woebot | Chatbot com técnicas de TCC para autoconhecimento |
Quando a impulsividade pode ser um sinal de algo maior
A impulsividade é um traço esperado e até adaptativo durante a adolescência. No entanto, em alguns casos, ela pode ser frequente, intensa e gerar prejuízos significativos na vida familiar, escolar e social do adolescente. Nesses casos, é importante avaliar se há alguma condição subjacente que está dificultando a autorregulação emocional e comportamental.
Essa investigação não deve ser feita com base em julgamentos ou rótulos, mas com escuta, observação e apoio profissional.
📍 Quando a impulsividade ultrapassa o esperado?
Sinais de que o comportamento impulsivo pode estar relacionado a algo além da fase do desenvolvimento:
Explosões frequentes e desproporcionais a pequenos estímulos;
Incapacidade de esperar ou tolerar frustrações mínimas;
Agressividade verbal ou física repetida;
Tomada de decisões perigosas (ex: correr riscos sem avaliação mínima);
Baixo rendimento escolar por falta de atenção ou organização;
Dificuldades graves de relacionamento com colegas e professores;
Arrependimento constante após agir sem pensar — mas sem conseguir mudar o padrão.
Esses sinais, quando persistem por mais de 6 meses e causam impacto funcional, podem indicar a presença de transtornos do neurodesenvolvimento ou emocionais.
🧠 Transtornos que mais se associam à impulsividade
🔹 TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade)
Um dos quadros mais comuns na adolescência. Caracteriza-se por impulsividade, desatenção e/ou hiperatividade. Estima-se que afete cerca de 5% dos adolescentes no Brasil (Polanczyk et al., 2015).
Sinais associados:
Interromper conversas;
Dificuldade de planejamento e organização;
Baixo desempenho escolar, apesar de inteligência preservada.
🔹 Transtorno de Conduta
Envolve padrões persistentes de desrespeito a regras, normas sociais e direitos alheios. Pode ser confundido com “rebeldia”, mas geralmente é mais grave e duradouro.
🔹 Transtornos de Ansiedade e Emoções Desreguladas
Adolescentes com ansiedade elevada também podem ser impulsivos como forma de aliviar a tensão interna. Isso inclui comportamentos como isolamento súbito, irritabilidade, ou fuga de situações desconfortáveis.
🔹 Transtorno do Humor (ex: depressão com irritabilidade)
Quando a impulsividade é acompanhada de apatia, tristeza, alterações no sono, ou desinteresse por atividades antes prazerosas, é fundamental considerar avaliação para depressão.

🩺 O que fazer nesses casos?
1. Busque uma avaliação profissional especializada
Psicólogos, neuropsicólogos, terapeutas ou psiquiatras infantojuvenis são os mais indicados para avaliar o funcionamento emocional e cognitivo do adolescente.
2. Evite o rótulo precoce
Lembre-se: o diagnóstico não define quem o adolescente é. Ele pode ser um ponto de partida para um plano de cuidado mais eficaz — e não um fim.
3. Considere intervenções multidisciplinares
As melhores abordagens incluem psicoterapia, apoio escolar, orientação parental e, quando necessário, acompanhamento médico com uso de medicação prescrita.
4. Mantenha o vínculo e a escuta ativa
Mesmo em quadros clínicos, o adolescente precisa sentir que é compreendido, respeitado e apoiado. Isso fortalece a autoestima e contribui para o sucesso de qualquer intervenção.
💡 Dica importante:
“Quanto mais cedo os sinais forem reconhecidos e acolhidos, maiores são as chances de reversão e adaptação positiva.”— Child Mind Institute, 2022
Leituras recomendadas para compreender e lidar com adolescentes impulsivos
Falando Sério Sobre Adolescência
Autores: Thalita Rebouças e Renato Caminha
Uma abordagem que mistura ficção e ciência para facilitar o diálogo entre adolescentes, pais e educadores sobre emoções, impulsos e tomada de decisão.
As dores da adolescência: Como entender, acolher e cuidar
Autora: Carolina Delboni
Um guia sensível e embasado sobre os conflitos internos e emocionais da adolescência — ideal para pais e profissionais que querem acolher sem julgamento.
Como agir com um adolescente difícil?: Um livro para pais e profissionais
Autor: J.-D. Nasio
O psicanalista francês oferece reflexões profundas e práticas sobre o comportamento opositor e impulsivo dos adolescentes, com ênfase na escuta e na presença.
Desafios da adolescência na contemporaneidade: Uma conversa com pais e educadores
Autora: Carolina Delboni
Aponta os dilemas atuais da adolescência e propõe caminhos para lidar com impulsividade, pressão social e ansiedade na era digital.
Conclusão: Impulsividade não é rebeldia — é neurodesenvolvimento em curso
Durante a adolescência, o cérebro está em plena construção. As conexões neuronais que envolvem regulação emocional, julgamento e controle dos impulsos estão sendo refinadas — e isso significa que agir sem pensar, em muitos casos, não é escolha consciente, mas reflexo da imaturidade neurológica típica dessa fase.
Pais e cuidadores, ao entenderem esse funcionamento, deixam de ver a impulsividade como “desobediência” e passam a encará-la como oportunidade educativa. Isso não significa permissividade, mas presença. Significa construir limites firmes com empatia, modelar comportamentos, encorajar a autonomia de forma gradual e acolher os erros como parte do processo de amadurecimento.
Ajudar um adolescente a desenvolver autorregulação é como construir uma ponte: exige tempo, paciência e um alicerce forte. Estratégias práticas, consistentes e baseadas na neurociência podem transformar impulsividade em consciência, e conflitos em vínculos mais profundos.
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